Impactada pela pandemia, a saúde mental ganhou maior atenção por parte das pessoas nos últimos anos. Porém, mesmo que o tema tenha mais espaço, ainda há muitos estigmas para superarmos. Eles estão ligados não apenas a quem negligencia a saúde mental, mas também à simplificação, romantização e glamourização desse cuidado. É comum que atividades superficiais como tomar banho gelado e acordar muito cedo para fazer o dia render são vistas como cuidado em saúde mental.

Esses comportamentos até podem ser importantes, desde que façam parte de um autocuidado maior. Por si só, elas estão longe de serem uma solução completa para a melhora da saúde mental individual.

É fundamental a psicoeducação sobre a verdadeira natureza do autocuidado mental.

• A saúde mental envolve os estados emocional, psicológico e social e desempenha papel vital na qualidade de vida.
• O estresse, a ansiedade e a tristeza são respostas naturais aos desafios do cotidiano.
• Ainda se tem o julgamento social e o estigma ligados à saúde mental, o que impede a busca por ajuda em momentos de dificuldade.
• O sofrimento emocional não é parte normal da vida. É preciso ajuda para superá-lo.
• Em algumas culturas ou gerações, expressar vulnerabilidade emocional ainda é visto como um sinal de fraqueza.
• Preferimos acreditar que somos fortes e capazes de lidar com tudo, o que torna difícil admitir nossa vulnerabilidade.
• A saúde mental se conecta a um contexto mais amplo da condição de vida. Determinismos sociais como acesso a comida, moradia, educação, entre outros são essenciais para a promoção da saúde mental e o bem-estar geral.

A prevenção também é uma parte importante de uma boa saúde mental. Isso envolve reconhecer sinais precoces de problemas emocionais e agir antes que se agravem. Educação e conscientização são essenciais. Ações como o Dia Mundial da Saúde Mental são importantes agentes para fortalecer esta questão.